Paris é a cidade que oferece a maior oferta em hotelaria de alto luxo no mundo.
Estamos falando dos “Palaces” no conceito introduzido em 2010 que define um limitado número de estabelecimentos promovendo “excelência e a parfeição, o luxo e a atemporalidade”, segundo as próprias palavras da Secretaria de Estado ao Turismo francês.
No início do ano, chegou à Paris uma outra visão do luxo: o hotel La Réserve.
Ainda não sabemos se o hotel irá preencher os 38 critérios da etiqueta Palace e se unir ao Ritz, Crillon ou Georges V. Mas chamou nossa atenção por duas grandes razões.
Primeiro, o lugar é fantástico. A dois passos da Champs Elyséee, entre a Av Montaigne, a rua das grandes grifes de alta costura, e a Faubourg Saint-Honoré, o hotel ocupa o que um dia foi um verdadeiro palácio. Construído em 1854 pelo Duque de Morny, irmão de Napoleão III, o castelo foi totalmente renovado. O designer Jacques Garcia buscou uma atmosfera genuinamente antiga, com elementos rococó e ambiente Versalhes.
Apenas as lareiras em mármore são de época. Mas os detalhes e a riqueza da decoração transportam qualquer um ao século XIX. Os tetos desenhados, os pisos em parquet ao estilo de Versalhes, os painéis de couro e os nada menos que 6.000 metros de seda, veludo e tafetá que envolvem paredes, janelas e cadeiras são obra de mais de 120 artesãos de Atelier do Louvre. Todos novos, mas trazendo qualidade de tradição secular.
Os quartos apresentam gandes volumes, típicos dos apartamentos Haussmanians. E incríveis facilidades e gadgets tecnológicos como as caixas de som design, em vidro, da Waterfall (3.000 Euros a unidade para os interessados). O chá pode ser preparado em sua perfeita temperatura nas garrafas com termômetro permitindo regular os pefeitos 80°C de um chá verde japonês. Se não fosse o bastante, cada quarto comporta sua adega privada, recheada de St Estèphes Cos d’Estournel a menos de 200 Euros a garrafa.
Além do lugar, o que mais nos impressionou foi a proposta de luxo. Diferente dos Shangri-La, Mandarin ou Plaza Athénéé com suas fachadas a loobies imponentes, o La Réserve busca um luxo mais intimista, discreto e reservado. Segundo suas próprias palavras “sem medo da simplicidade”. E a simplicidade de bom gosto é um dos maiores luxos.
O lobby é discreto, o staff de qualidade fornece um atendimento personalizado. Os apartamentos (de 140 a 300 m2, com quartos de 50 m2) possuem pessoal dedicado. a viagem em família se torna a extansão de sua casa.
O estabelecimento aposta no serviço, na qualidade de um staff que acompanha os hospedes como se estivessem em casa. Conciergerie, governanta a disposição, motorista são alguns dos mimos propostos pelo hotel.
Como se já não fosse o bastante, o La Réserve ainda conta com um jardim interior, piscina de 16 metros (parece pouco mas, dentro de Paris é uma raridade), uma biblioteca e um ambiente para os amantes dos puros charutos. Um Spa é a disposição daqueles que merecem um detox do stress da vida no Brasil.
Para terminar, o restaurante Le Gabriel é sensacional. O Jérôme Banctel, das escolas de Alain Senderens e Bernard Pacaud, promove uma cozinha dos grandes ingredientes franceses: trufas, vieiras ou Saint Jacques, foie gras, Bar de Ligne da Bretanha, e os clássicos Ris de Veau (rim de vitela! acreditem, é maravilhoso), Pigeon (ave pequena de rico sabor) e o Cochon de Lait (leitão, dessa vez de Burgos, ao norte de Madrid).
Se você optar por não jantar no hotel, experimente pelo menos o chá.
42 Avenue Gabriel, 75008 Paris, France
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